sábado, 23 de janeiro de 2010

Fragile

Ela subiu aos céus como se uma força maior a puxasse pelo ventre, lá de cima, ainda sonolenta, ia abrindo os olhos vagarosamente e vagarosamente olhou para um lado, olhou para o outro e nada encontrou, tornou a fechar os olhos e caiu em câmera lenta no formato de um "U", caiu e mergulhou em águas transparentes, dava de vê-la mergulhar, intacta, em posição de feto no fundo daquela imensidão.
Quando acordou, apenas flutuava de costas deixando se levar pelas águas tranquilas d'onde não havia nenhum outro ser, lá de cima alguém a via, estava tranquila, serena e soltava uns risinhos vez ou outra, solitária e crente na sua liberdade.


Estar presa nas águas infinitas.

5 comentários:

Anônimo disse...

surreal e misterioso
me add v_victor@hotmail.com

serra de alencar, gabriela disse...

concordo com o anônimo, misterioso mesmo... mas gostei! (=

Fii disse...

não sei se você interpretou do jeito certo o conceito "viver" que eu tentei passar.. mas enfim. Me lembrou o nascimento seu texto, legal.

Anônimo disse...

nao gostei tanto, mas de qualquer forma e uma mera opiniao

Thainara Souza disse...

É o texto que mais gosto de ler. De todos os blogs e livros.