domingo, 31 de janeiro de 2010

Pai Tomé das matas

Quem me rege e me guarda não és tu Iemanjá, que se contenta com um espelho, um batom e um esmalte.
Meu guardião é aquele preto-velho ali da mata que sempre me aparece pra contar suas histórias, crendices e suas sabedorias, que se contenta com aquele tabaco, aquela cachaça forte e bolo de milho. Quando tu me aparece Painho Tomé, com essa tua humildade e o cachimbo de barro, te chamo pra entrar.
- Não chores ó Painho.
Sempre que te vejo assim, tão sábio e esperançoso, sentado nesse banquinho com os olhos cheios de lágrimas, meu preto, choro contigo.
Quem vem, que vem lá de tão longe?
São os pretos velhos que vem trabalhar.

KOSI OBA KAN AFI OLORUN
Ele é o princípio e o fim de tudo.


Dedico essa para você, m.

5 comentários:

Rômulo Pacheco disse...

espeto morreu também.

Tiffany disse...

Muito obrigada pela visita!

Fiquei boba com os seus textos..são muito bons...te visitarei sempre!

serra de alencar, gabriela disse...

adorei esse!

Ana Áurea disse...

Gostei dos textos, mas quem é?:D

Anônimo disse...

iemanja n vai gostar nada nada! haha